Pará deverá adotar sistema para monitorar casos de microcefalia

O estado do Pará passará a adotar o Sistema de Registro de Atendimento às Crianças com Microcefalia (Siram), que desde janeiro de 2015 permite ao Sistema Único de Saúde (SUS) mapear e monitorar os atendimentos feitos às crianças com casos suspeitos ou confirmados da doença, com ou sem relação ao vírus zika, em todo o país.

 

Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apontam que até maio deste ano foram notificados 35 casos de microcefalia no Pará, e em apenas um foi confirmada a relação com a zika. Os outros casos estão sendo investigados para que haja a confirmação ou descarte da relação com o vírus.

 

Na Santa Casa de Misericórdia do Pará, hospital localizado em Belém que é referência na atenção à gestante de alto risco e ao recém-nascido, a previsão é que o sistema seja implantado a partir do próximo dia 10 de agosto.

 

Sistema
Com a ajuda do recurso, os profissionais de saúde terão acesso às consultas e históricos de atendimentos clínicos, dados do responsável da criança, registro de exames, além de diagnóstico de microcefalia e triagens neonatais.

 

“No início, foram perdidas algumas informações sobre essas crianças com microcefalia. Quando elas chegavam a uma unidade de saúde, não se sabia que tipo de atendimento estavam recebendo e por quais tratamentos já haviam passado”, afirma Edilson Calandrini, assessor de Gestão de Risco da Santa Casa, que avalia a adoção da plataforma como algo essencial para acompanhar passo a passo desde o nascimento do bebê e todos os tratamentos feitos.

 

A identificação da microcefalia é feita, primariamente, pela medição do perímetro cefálico, procedimento de rotina recomendado desde o primeiro exame do recém-nascido até os dois primeiros anos de acompanhamentos clínicos da criança. O objetivo e a avaliação do crescimento cerebral. Após o atendimento inicial e a constatação da microcefalia, a Santa Casa encaminha as crianças para a Unidade de Referência Materno-Infantil (Uremia), onde continua o tratamento. O processo permite o acompanhamento assistencial mais adequado às necessidades de cada criança.

 

O SUS preconiza o acompanhamento por diferentes especialistas dependendo das necessidades e complicações de cada criança.

Reportagem: G1

Deo Martins

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