Operação combate comercialização ilegal de ouro no Pará

Foto: Polícia Federal-Divulgação
Foto: Polícia Federal-Divulgação

A Polícia Federal no Pará realiza uma operação na manhã desta quinta-feira (7), no município de Ourilândia do Norte, sudeste paraense, para desarticular uma quadrilha acusada de comercialização ilegal de ouro extraído da terra indígena dos Kayapó.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva, todos expedidos pela Justiça Federal de Redenção. Além de Ourilância, a operação também concentra ações na cidade de Porto Nacional, no Tocantins, e em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Segundo informações da Polícia Federal, as investigações sobre a exploração ilegal na terra indígena começaram no final de 2015. Em sobrevoo da área, realizado em março deste ano pela Funai e Polícia Federal, os agentes observaram uma atividade garimpeira na área, em em Ourilândia do Norte. Foram identificadas cerca de 40 (quarenta) pás-carregadeiras, avaliadas em aproximadamente R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) cada, posicionadas em diversos pontos de garimpos situados num raio de aproximadamente 10 quilômetros.

Ainda segundo a Polícia Federal, a área tem se tornado destino de garimpeiros clandestinos, onde são extraídos cerca de 20 quilos de ouro por semana, o que pode movimentar quase 8 milhões de reais por mês, considerado o valor do grama do ouro no ‘mercado negro’, onde é comercializado por aproximadamente R$ 100,00. No local também ficou comprovado os dandos ambientais causados pela atividade clandestina como desvio do curso de rios, desmonte hidráulico (no caso de garimpagem mecânica), aterramento de rios e contaminação do solo, ar e águas através de metais pesados, principalmente o mercúrio.

Os investigados vão responder pelos crimes  de usurpação de bem da União, extração de recursos minerais sem autorização, dano ambiental, receptação qualificada, além do crime de lavagem de capitais, entre outros.

Foto: Polícia Federal-Divulgação
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Reportagem: ORM com informações da Polícia Federal

Deo Martins

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