Comércio varejista do Pará sofre queda nas vendas

O comércio varejista do Pará voltou a apresentar, em março passado, recuo no ritmo de vendas. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice do volume de vendas dos estabelecimentos comerciais de varejo paraense na mensuração restrita no Estado – que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção – caiu 4,1% na passagem de fevereiro para março, depois de dois meses seguidos de alta – janeiro (4,6%) e fevereiro (3,9%).

No geral, 26 das 27 unidades da Federação assinalaram recuo em março sobre fevereiro, na série com ajuste sazonal, ressaltando-se: Acre (-6,9%), Espírito Santo (-5,2%), Amapá (-5,0%) e Rondônia (-4,8%). Nesse ranking, o Pará teve o quinto pior desempenho. A única taxa positiva foi registrada em Sergipe (0,7%). Em todo o País, foi anotada em março a queda de 0,9%, revertendo o bom desempenho do segundo mês do ano, de acréscimo de 1,2%.

No entanto, frente a março de 2015, o comércio varejista do Pará registrou queda acentuada no volume de vendas: 11,9%. Em todo o País, a variação negativa foi de 5,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo os piores desempenhos observados no Amapá (-22,1%), Acre (-16,7%), Bahia (-12,3%) e Pará. Minas Gerais foi o único Estado a fechar com taxa positiva: 1,3%. Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do varejo, destacaram-se São Paulo (-4,7%) e Rio de Janeiro (-4,5%).

O desempenho acumulado das vendas no varejo do Pará de março de 2015 a março deste ano fechou em queda de 6,7% em relação aos 12 meses anteriores, o pior índice desde o início da pesquisa, há 15 anos. No primeiro trimestre deste ano, a redução foi ainda mais acentuada, de 8,9%. Esse cenário também foi observado na média nacional (-5,8% e -7,0%, respectivamente). Dentre os Estados, todos acumulam perdas nos três primeiros meses deste ano em relação a 2015, com maiores intensidades no Amapá (-21,5%), no Acre (-12,2%) e em Sergipe (-12,2%). Em 12 meses, apenas Roraima apontou taxa positiva (1,8%), e o Amapá, a pior taxa (-18,3%).

Já no comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, a variação de março no Pará sobre o mesmo mês do ano anterior foi negativa, de 14,3% para volume de vendas. Com mais esse resultado negativo, o trimestre já contabiliza perdas de 11,6% e nos 12 meses de decréscimo de 9,2%. No País, os recuos respectivos são de 7,9%, 9,4% e 9,6%.

RECEITA

A receita nominal das vendas do Estado em março passado registrou queda de 0,1% na análise comparativa com o mesmo mês de 2015. Nos 12 meses, o índice relativo a esta avaliação fechou com desenvolvimento confirmado em 2,4%. No ano, o acumulado é de 2,9%. Em todo o País, os três resultados apontaram altas de 6,2%, 3,1% e 4,7%, respectivamente.

Já a receita nominal de vendas do varejo ampliado paraense voltou a apresentar queda acentuada em março passado. O recuo foi de 6,3% ante a alta de 2,8% registrada no mês diretamente anterior. Os resultados acumulados também apontam taxas negativas de 2,5% nos 12 meses, e de 3,3% no ano. As médias nacionais apontaram alta no mês de 0,7%; no ano, redução de 0,6%, e no acumulado dos 12 meses, baixa de 2,2%.

Fonte:ORM

Deo Martins

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