Cesta básica do paraense já aumentou 20% em 2016
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 27 capitais do País, mostra que o conjunto dos itens alimentícios considerados essenciais na mesa dos brasileiros ficou mais barato, em setembro, em 14 localidades, ao mesmo tempo em que subiu de preço em 13 cidades. O maior reajuste ocorreu em Brasília (2,3%), seguido de Salvador (1,4%), Fortaleza (1,4%) e Recife (1%). Em sentido oposto, as maiores quedas foram registradas em Macapá (-5%), Goiânia (-4,3%). Campo Grande (-1,9%) e Belo Horizonte (-1,8%).
Os gaúchos são os que estão pagando mais pelos produtos. Em Porto Alegre, o valor da cesta básica atingiu R$ 477,69, o que significa um aumento de 0,71% sobre o mês anterior e uma alta acumulada de 12,5% desde o começo do ano. Ainda na lista das localidades com os maiores custos aparecem São Paulo (R$ 471,57, mas baixa de 0,75% sobre agosto) e Brasília (R$ 461,99, 2,37% mais).
PARÁ
Já no Pará, a alimentação básica voltou a ficar mais cara. Reajuste acumulado em 2016 chega a quase 21%. No mês passado, a cesta comercializada em Belém voltou a apresentar crescimento de preço e custou R$ 424,43. A cidade aparece em 11º lugar no ranking das capitais pesquisadas pelo Departamento.
Segundo o Dieese/PA, de janeiro a setembro, a maioria dos produtos que compõem a alimentação básica dos paraenses apresentou altas de preços, com destaque para o feijão com reajuste de 123,5%, seguido da farinha de mandioca, que teve aumento de 63%.
SALÁRIO IDEAL
O valor do salário mínimo, considerado ideal pelo Dieese, foi estimado em R$ 4.013,08, o que é 4,56 vezes mais do que o mínimo em vigor (R$ 880).
Em agosto, a entidade tinha avaliado em R$ 3.991,40, valor 4,54 vezes acima do piso oficial. Pelos cálculos do Dieese, o comprometimento da jornada de trabalho para a compra da cesta básica foi de 103 horas e 31 minutos e considerando o salário mínimo, o valor da aquisição foi correspondente a 51,1% do ganho, um pouco abaixo do registrado em agosto (51,3%).
Reportagem: Diário do Pará