Projeto fortalece a agricultura regenerativa e a geração de créditos de carbono no Pará

 Projeto fortalece a agricultura regenerativa e a geração de créditos de carbono no Pará

O Pará, segundo maior estado brasileiro em área territorial, tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de políticas e projetos que potencializem a conservação e restauração florestal. O desmatamento nas bordas do bioma amazônico exigiu medidas de recuperação, o que, somado às favoráveis condições climáticas e à grande extensão de terras, impulsionou o desenvolvimento da agricultura regenerativa na região.

Um grande projeto de implantação de florestas produtivas foi anunciado na última quarta-feira, 10 de abril, pela empresa responsável pela empreitada, a Belterra AgroflorestasStartup focada na geração de impacto socioambiental pela implantação de sistemas regenerativos, cujas premissas são a conservação do solo, preservação da biodiversidade e a restauração da paisagem natural.

Operando com modelos de Sistemas Agroflorestais escaláveis em Parauapebas desde 2020, a Belterra desenvolve arranjos que combinam espécies de interesse dos produtores e dos mercados consumidores. Atualmente, a organização tem parceria com 12 propriedades rurais nas regiões de Carajás, Altamira e Transamazônica, onde está regenerando 584 hectares.

O novo projeto da Belterra será implantado em territórios da região de Carajás, onde o Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI) das comunidades locais, será assegurado. Para isso, a empresa realizará reuniões de consulta a partir de 25 de abril, com a presença de líderes e membros que garantirão a representatividade das comunidades locais.

Com previsão inicial de começar as atividades de plantio no início do segundo semestre, o projeto terá o cacau como carro-chefe dos Sistemas Agroflorestais, cultivo que vem projetando o Pará como estado destaque no plantio, cultivo e produção cacaueira, não só no Brasil, como também no mercado internacional.

O desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do cacau fomenta grandes oportunidades para a região. A expectativa é que o projeto contemple a regeneração de 1.000 hectares e envolva a participação de 200 famílias. “Estamos ansiosos para iniciar este projeto que representa outro patamar de desenvolvimento para a Belterra já que, nesta operação, atuaremos lado a lado com um grande número de agricultores parceiros”, comentou Ortega.

 Sobre a Belterra

A Belterra é uma climate foodtech que, junto a pequenos e médios produtores rurais, implanta sistemas agroflorestais para recuperação de áreas degradadas e fomento da produção agrícola sustentável. Seus sistemas agroflorestais são escaláveis, de alta geração de valor para produtor, sociedade e meio ambiente. Saiba mais no site da empresa.

Samara Batista

Deo Martins