Piloto que ficou 36 dias desaparecido na floresta é investigado por tráfico de drogas

 


A polícia do Pará ainda investiga as circunstâncias da queda do Cessna 210 e a relação do piloto “Toninho Sena” com os donos do avião

A Operação Hesíodo, que foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (10) no Maranhão, e desarticulou uma facção criminosa suspeita de tráfico de armas, drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro, também investiga o avião de prefixo PT-IRJ, que em janeiro deste ano desapareceu após ter decolado do município de Alenquer, pilotado pelo santareno Antônio Sena, O “Toninho”, resgatado com vida após 36 dias.

Análise da movimentação financeira do grupo investigado por tráfico mostrou que esse grupo já havia comprado o avião em Rondônia para fazer o transporte da mercadoria ilegal da Bolívia para o Maranhão.

O avião de R$ 1,1 milhão é o Cessna 210, a aeronave que “Toninho” pilotava no dia 28 de janeiro deste ano, quando decolou com destino a uma região garimpeira levando mercadorias e combustível para o dono da aeronave, mas não conseguiu chegar ao local.

De acordo com a Polícia Federal, o avião foi registrado em nome de um laranja. A “Operação Hesíodo” está em andamento e já cumpriu mandados de prisão em cidades do Maranhão e em Teresina, no Piauí.

Após ser resgatado pelo Grupo de Salvamento Aéreo do Governo do Pará (Graesp) e os irmãos Tiago e Mariana Sena, que acompanharam as buscas, “Toninho Sena” contou que havia feito um pouco forçado menos de meia hora após à decolagem e que o avião havia caído do meio de um açaizal, dentro de um charco e que pegou fogo.

O piloto diz ter passado 36 dias na mata, se alimentando de frutas e castanhas. A polícia do Pará ainda investiga as circunstâncias da queda do Cessna 210 e a relação do piloto “Toninho Sena” com os donos do avião.

G1 Pará – Fotos Reprodução

Deo Martins