Movimento LGBT reivindica políticas públicas em Parauapebas

 Movimento LGBT reivindica políticas públicas em Parauapebas

Criação de políticas públicas em Parauapebas para a promoção, defesa, garantias de direitos humanos e de cidadania da população LGBT. A reivindicação foi apresentada hoje, 11, ao prefeito Darci Lermen, em reunião na prefeitura, por um grupo de ativistas liderados pelo Instituto Abraço à Diversidade (IAD), coordenado por Ana Cristina Carmona Leitão.
Participaram da reunião o secretário municipal de Planejamento, João Corrêa, o deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), a presidente da Associação dos Moradores Nascidos em Parauapebas (Amonpa), Aglaudene Tomé. E ainda os integrantes do IAD de Parauapebas Luanna Maria Rodrigues Carmona, Shaiera Oliveira e Elton Reis.
Ao prefeito, eles entregaram um programa intitulado “Parauapebas pela Cidadania LGBT”, com propostas de ações de enfrentamento ao preconceito e à discriminação em relação à orientação sexual e identidade de gênero bem como em defesa da cidadania LGBT em Parauapebas.
Cristina Carmona explicou que o programa é similar ao implantado em Belém, onde foi criado o Conselho de Diversidade do Pará. Dirceu Ten Caten ofereceu a assessoria jurídica do gabinete dele, para estudar juntamente com a prefeitura um projeto que contemple o movimento.
A ideia é criar uma coordenadoria ou secretaria que abarque não apenas os direitos da comunidade LGBT, mas que também defenda a igualdade racial, os direitos dos povos indígenas e as pessoas com deficiência. “Pode ser criada uma secretaria ‘guarda-chuva’, para trabalhar com vários eixos sociais”, sugeriu Dirceu Ten Caten.
A justificativa para a reivindicação do IAD é uma velha conhecida: a discriminação, o preconceito, que originaram a chamada LGBTfobia, o que resulta em violência física, psicológica e simbólica contra quem não é heterossexual. O Brasil continua como campeão mundial de crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais: 40% dos assassinatos de transexuais e travestis foram cometidos no Brasil, em 2016, segundo agências internacionais.
Pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB) indica que a cada 23 horas um LGBT é assassinado no País. Em 2013, foram 198 assassinatos, dos quais 15 no Pará, sendo cinco na região do Carajás. O movimento LGBT acredita que esse número pode ser superior porque registros oficiais esconderiam a orientação sexual e identidade de gênero de vítimas do preconceito e do ódio.
Os ativistas observam que em Parauapebas ainda não existe serviço público específico voltado para a população LGBT. “Assim, não conseguimos ao longo dos anos construir um banco de dados com informações consistentes, o que vem dificultando a formulação de respostas resolutivas à questão da violência LGBTfóbica”, diz a justificativa do programa entregue ao governo.
PARADA GAY
A IAD pediu apoio da prefeitura, para realização da 11ª Parada Gay de Parauapebas, que será realizada no final de agosto. No ano passado, a festa reuniu quase 20 mil pessoas no município. Foi conversado na reunião sobre a importância do evento para o empoderamento da população LGBT.
Texto: Hanny Amoras – Fotos: Matheus Costa

Deo Martins

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