Vereadora Eliene Soares propõe readequação salarial de diretores de escola para 200 horas

Ao apresentar a Indicação nº 51/2022 na sessão ordinária da última terça-feira (15), a vereadora Eliene Soares (MDB) sugeriu que o governo municipal elabore e envie à Câmara projeto de readequação salarial para 200 horas dos educadores que ocupam cargos de diretor de escola, vice-diretor e coordenador de apoio pedagógico.

Segundo a parlamentar, os professores concursados da rede pública municipal que atualmente ocupam cargos de diretor escolar, vice-diretor e coordenador de apoio pedagógico estão com perdas salariais consideráveis que podem chegar a R$ 3 mil.

Quem vai trocar a sala de aula com 200 horas e todos os benefícios a ela atrelados para assumir a gestão de escolas complexas e ganhando menos para isso?”, indaga.

Eliene Soares explica que com o processo de valorização dos educadores pelo governo municipal, reconhecendo direitos e benefícios como a hora-atividade, além da gratificação por escolaridade, o salário do professor da rede pública de Parauapebas deu um salto olímpico, causando debandada das direções das escolas, com muitos diretores querendo entregar o cargo para gozar dos benefícios pecuniários de estar na sala de aula.

A vereadora revela que educadores do concurso de 1994 com especialização em educação inclusiva recebem, em sala de aula, cerca de R$ 12 mil em valor bruto, sem contar com o vale-alimentação. Ao ocuparem cargo de direção, eles veem esse valor diminuir.

A mesma concepção vale para os professores efetivos que ocupam cargos de coordenação na Semed. Estes têm perdas ainda maiores, uma vez que o vencimento básico é limitado a R$ 7.570 para coordenador 1 e a R$ 6.308 para coordenador 2. Logo, um professor concursado, mas ocupando cargo de coordenação, pode ter perdas de até R$ 3 mil, a depender do ano de concurso e dos benefícios de que gozaria se estivesse em docência”, lamenta a legisladora.

Diante do exposto, a vereadora pede que a Prefeitura de Parauapebas providencie a readequação salarial para 200 horas dos educadores efetivos que ocupam cargos de diretor escolar, vice-diretor e coordenador de apoio pedagógico, que atualmente recebem menos do que se estivessem em sala de aula.

A proposição foi lida em plenário, aprovada por unanimidade e encaminhada para passar por análise do governo municipal.

Texto: Waldyr Silva / Fotos: Felipe Borges / AscomLeg2022

Deo Martins