Polícia Civil prende suspeitos de fraudes bancárias em Marabá

A inteligência da Polícia Civil, por meio da 10ª Superintendência Regional do Sudeste do Pará, Risp – Carajás, conseguiu desarticular uma quadrilha acusada de furtar contas de bancos de vítimas, realizar empréstimos e repassar os valores desses empréstimos para contas de laranjas.

Nesta terça (6), por volta de 06h30, a Polícia Civil, por meio da Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais por Meios Cibernéticos, deflagrou a operação “Fake Centralis“, cujo objetivo foi realizar prisões temporárias e buscas e apreensões domiciliares decorrentes do delito de furto mediante fraude eletrônica e associação criminosa.

A quadrilha agia realizando ligações para vítimas correntistas de Instituição Financeira simulando serem funcionários do banco.

Em seguida, por meio de engenharia social, faziam que as vítimas fornecessem a senha Token do aplicativo bancário ou acessassem links maliciosos (falsos) para que espelhassem os dados bancários.

Segundo o delegado Luiz Guilherme, da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados Por Meio Cibernéticos (Dccepc), que conduziu a operação “Fake Centralis”, as investigações iniciaram após usuários do Banco do Estado do Pará (Banpará) procurarem a Delegacia de Polícia Civil e comunicarem que haviam sido vítimas de falsos empréstimos. A quadrilha agia realizando ligações para vítimas, correntistas do Banpará, simulando serem funcionários do banco.

Por meio do trabalho investigativo da Polícia Civil foi possível identificar que os investigados agiram por meio da engenharia social, que é um método utilizado pelos criminosos para se obter informações confidenciais de acesso a sistemas restritos a usuários autorizados. Eles conseguiam senhas dos aplicativos bancários e utilizavam links maliciosos (falsos) para que as vítimas espelhassem os dados bancários. Desta forma, os criminosos realizavam empréstimos de altos valores e finalmente faziam as transferências bancárias para os beneficiários intermediários e finais”, contou o delegado.

Depois realizavam empréstimos de altos valores e finalmente faziam as transferências bancárias para os beneficiários intermediários e finais.

Foram realizadas seis buscas domiciliares e cinco prisões temporárias.

Os presos na operação tinham envolvimento, por mais de uma vez, em recebimento de quantias provenientes do crime, motivo pela qual foram presos para não atrapalharem as investigações.

RESULTADOS

Para Vanessa Lee, delegada titular da Deccc, a produtividade das operações e a efetividade nos cumprimentos das ordens judiciais são reflexos do compromisso da Polícia Civil com a sociedade e qualificação contínua. “Quando uma pessoa que foi vítima de algum crime procura a Delegacia para pedir ajuda, de imediato procuramos os meios mais acessíveis para tentar solucionar o dano, localizar e responsabilizar criminalmente os autores. Nossas equipes estão preparadas para atuarem em defesa do cidadão paraense”, frisou a delegada.

TRABALHO INTEGRADO

Uma equipe do Núcleo de Apoio à Investigação de Marabá (NAI) deu apoio durante as localizações dos alvos e buscas.

O delegado-geral Walter Resende de Almeida destacou a importância do trabalho realizado. “Nossas equipes estão cada vez mais preparadas para atuar em qualquer tipo de crime que venha a provocar danos e prejuízos à população. A Polícia Civil seguirá vigilante para enfrentar crimes virtuais e responsabilizar aqueles que venham a praticar qualquer tipo de ato ilícito.” destacou.

As diligências continuam para reunir elementos que deem maior embasamento ao inquérito que apura o caso. Os presos, após os procedimentos cabíveis, foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça para providências posteriores.

As diligências continuam para que inquérito seja finalizado com os indícios suficientes de autoria e materialidade necessária para oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.

Todos os presos são residentes em Marabá e alguns possuem relação de afinidade. Após os trâmites de praxe, foram encaminhados ao presídio da região.

Dol Carajás

Deo Martins