Operação Book Rosa coloca advogado e empresários na cadeia em Parauapebas

Marola Shows, Eduardo e Dr. Toni responderão pelos crimes de estupro de vulnerável, prostituição de adolescentes

Na manhã desta quarta-feira (23),  a delegada Ana Carolina de Abreu, titular da DEAM – Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher em Parauapebas, deu cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, aos empresários Eduardo Liebert (Total Solutions), Mauro de Souza Davi (Marola Shows), e o advogado criminalista Antônio Araújo de Oliveira (Toni). Contra eles, cabem a acusação  de terem cometido os crimes de estupro de vulnerável e prostituição de adolescentes.

Um outro mandado de apreensão em desfavor de Fabrício Luan, uma transexual de Parauapebas que é acusada de ser a cafetina, a intermediadora que convencia as adolescentes a se prostituírem sexualmente com os acusados., não teve êxito, pois Fabrício, não foi localizado e terá seu nome inscrito na relação de foragidos do sistema., segundo informações da polícia civil de Parauapebas.

Os mandados cumpridos foram assinados pela juíza Flávia do Rosário, responsável pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas.

Em entrevista, a delegada Ana Carolina de Abreu, falou que a Operação “Book Rosa” investiga crimes de estupro de vulnerável, prostituição de adolescentes, tirar proveito da prostituição alheia e impedimento de adolescente sair da prostituição, teve início em setembro de 2020, mas só agora a primeira fase pôde ser cumprida.

Ainda de acordo com a delegada, quando as adolescentes foram encontradas verificou-se que elas haviam sido exploradas sexualmente pelos acusados, e eram agenciadas por Fabrício Luan. “Era uma prática corriqueira dos abusadores e elas eram submetidas à toda forma de violação de direitos“. Também apreendemos fotos, onde algumas registram armas apontadas para as cabeças das menores.

A delegada também acredita que muitos desaparecimentos na cidade estavam relacionados com o caso. As vítimas passavam muito tempo fora da cidade e sofriam várias violações

Fabrício induzia as adolescentes à prostituição, fazendo contato com os clientes e intermediando os encontros. Duas meninas de 13 anos e uma de 16 anos foram identificadas, e em conversa com a delegada, uma delas relatou que havia sido levada para fora da cidade, era obrigada a usar drogas e ingerir muita bebida alcoólica, e que já aconteceu de uma menina entrar em coma alcoólico. Outra menor contou à autoridade policial, que os acusados pediam para que elas levassem amigas e até irmãs mais novas aos encontros. Uma deles revelou que foi alugada por cerca de 1 mês por um dos abusadores.

A operação “Book Rosa” vai continuar e a segunda parte cabe identificar outros abusadores que foram atraídos pelo intermediador.

Os empresários e o advogado foram encaminhados ao Presidio Municipal e e ficarão a disposição da Justiça.

 

 

Deo Martins