Futebol do Amapá é investigado por manipulação de resultados

 Futebol do Amapá é investigado por manipulação de resultados

Amapá vive um cenário tenso fora de campo, com ameaça de intervenção do STJD | Divulgação / Governo do Amapá

Na semana em que o Campeonato Amapaense, o último Estadual do Brasil entrará em sua decisão, um assunto volta a criar tensão no futebol do norte brasileiro após a manipulação de resultados no futebol nacional.

Dentro de campo, Trem-AP X Independente-AP vão decidir o título da temporada, mas fora dele, a bagunça toma conta dos bastidores de uma competição que teve indícios de conduta antidesportiva, como a presença de jogadores em apostas esportivas.

A prática que já aconteceria em 2021 voltou a acontecer envolvendo jogadores de um dos finalistas, algo que acabou prejudicando times de tradição no cenário local como Oratório-AP e Santos-AP, este último, clube de tradição no futebol local e que ficou fora das fases finais.

Nos bastidores, uma ameaça: o Tribunal de Justiça Desportiva do Amapá (TJD-AP) corre risco de sofrer intervenção do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), caso este que já aconteceu envolvendo o TJD-PA, no chamado “caso Paragominas“.

A confusão não para por aí: o presidente do Santos-AP, o empresário Luciano Marba foi até ao Ministério Público do Amapá noticiar as infrações que aconteceram nos últimos meses. O caso foi protocolado pela promotora de justiça Andrea Gomes junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), uma vez que havia provas sobre a manipulação de resultados no Campeonato Amapaense.

Os dirigentes do Santos-AP e do Oratório-AP procuraram o STJD para buscar punição exemplar aos envolvidos, uma vez que, recentemente, dois atletas do Guarani de Juazeiro-CE foram punidos por envolvimento na manipulação de resultados do time cearense.

É lamentável que não haja punição por parte do TJD-AP, apesar dos fatos serem denunciados desde 2019. Quando toma atitude, aplica penas leves ou coloca denúncias para julgamento após o fim da competição, o que torna punição inócuas aos atletas, pois vão para outros estados. Esperávamos que o TJD-AP punisse de forma exemplar e fosse a fundo investigar para apurar se não há envolvimento de dirigentes neste tipo de crime. O Amapá entrou na história dos causos do futebol mundial, sendo o único campeonato no mundo que realizou uma semifinal depois da final”, argumenta o presidente do Santos-AP, o empresário Luciano Marba.

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Deo Martins