Fé e devoção marcam encontro de fiéis no 43º Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá

 Fé e devoção marcam encontro de fiéis no 43º Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá

O 43º Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá, região sudeste do estado, reuniu os devotos da padroeira dos paraenses em uma procissão que durou três horas na manhã de domingo (15). Este ano, o Círio teve como tema central “Ó Maria, ajudai-nos a partilhar a Palavra e o Pão”, que remete à Campanha da Fraternidade 2023. A romaria é considerada a terceira maior do estado e a estimativa do 5º Grupamento Bombeiro Militar é que tenha reunido 150 mil pessoas.

A berlinda com a imagem peregrina saiu antes das 7h, após a Missa Campal, cerimônia que marca oficialmente a abertura do Círio, na Praça Duque de Caxias, para percorrer 7,5 km. Após a missa, a imagem percorreu a Avenida Antônio Maia, na Marabá Pioneira.

Foto: Emilly Coelho / Divulgação

Durante o percurso, devotos aguardavam no meio-fio a passagem da imagem da Virgem de Nazaré com destaque para as homenagens da Prefeitura de Marabá, com um palco decorado e fogos de artifício, e do Exército.

O cortejo seguiu pela BR-230 (Transamazônica) por cerca de 4 km, entrando na Avenida VP-8 e com destino final ao Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, onde a imagem peregrina foi recebida com missa e com a continuidade do Círio das Artes.

Fizemos várias peregrinações antes com a imagem visitando vários órgãos públicos, comunidade e órgãos privados, a cidade foi preparada para este momento, e o resultado é esse estamos com um belíssimo Círio”, destacou o padre Peterson Maria.

Foto: Weliton Amaral / DivulgaçãoCorda – 


No Círio de Marabá, a corda utilizada na procissão tem 400 metros, e ao final da procissão, ela é guardada e reaproveitada por até quatro anos. Este ano é a segunda romaria com a mesma corda.

Manto – O manto que cobriu a imagem de Nossa Senhora de Nazaré é considerado um dos símbolos mais fortes da fé católica. No 43º Círio de Marabá foi inspirado na partilha do pão e na palavra de Jesus na presença do Espírito Santo. Quem assina a elaboração do mato é o artesão Francisco Taveira, que também é diretor de decoração do Círio. Os trigos, em dourado, representam o fruto do trabalho humano, a colheita do pão de cada dia, o sustento da família; fechando as duas partes do manto, o broche do cordeiro, representando o sacrifício de Cristo, imolado para redimir os pecados dos homens.

Foto: Emilly Coelho / Divulgação

Histórias de fé- A lavradora Francisca Maria Sousa estava na corda durante a grande romaria. Ela estava pedindo êxito no transplante de rins que vai doar para sua filha Samara de 28 anos, que faz hemodiálise em Marabá. “Nós já estamos fazendo os exames, falta pouco pra nós conseguirmos saber se daqui pra frente com fé em Deus vai dar certo. Eu acredito em Nossa Senhora e que ela pode fazer esse milagre”, almeja ela.

Foto: Emilly Coelho / Divulgação

A estudante de Medicina Maellen Alves estava no Círio vestida com um jaleco para cumprir sua promessa. Ela foi aprovada em Medicina, na Universidade Estadual do Pará, após quatro anos se dedicando em um cursinho pré-vestibular. “Pedi a intercessão de Nossa Senhora para que Ela me abençoasse e eu conseguisse passar em Medicina. É um momento único na vida, onde nos encontramos com Deus com a intercessão de Nossa Senhora”, disse ela.

 

 

 

 

Com uma casa de isopor na cabeça, Anunciada Maria da Conceição de 73 anos, estava agradecendo pela construção da casa própria da neta, Ruth. “Estou com mais de cinco anos que ando na romaria e em toda a vida andarei. Peço pela minha saúde e que Deus ajude cada um de nós, minha família é grande. E eu só tenho a agradecer”, contou ela.

A romeira Clarice de Jesus da Silva Maia veio de Belém para o Círio de Marabá. “O que eu vivenciei aqui não consigo viver em Belém. Andei quase 4 km perto da berlinda, toquei nas flores, rezei junto com as pessoas que estavam com muita fé. Foi inesquecível. Se Deus quiser para o ano estarei aqui de novo”, afirmou Clarice.

Foto: Emilly Coelho / DivulgaçãoGoverno – 

O secretário regional de Governo do Sul e Sudeste do Pará, João Chamon Neto, participou a pé da grande procissão.

Este ano foi um dos Círios mais emocionantes, com uma multidão que ultrapassa todas as demais dos Círios anteriores. Não tenho essa leitura oficial, mas é uma avaliação minha pelo grande número de pessoas que caminhavam hoje aqui em Marabá. Foram sete quilômetros de uma caminhada bastante emocionante, com muita gente fazendo as suas orações, inúmeras homenagens no percurso. Esperamos que no próximo ano possamos estar bem para compartilhar novamente esta alegria do povo católico de Marabá com a Nossa Senhora de Nazaré”, salientou o secretário João Chamon.

Texto: Emilly Coelho/Ascom Secretaria Regional de Governo do Sul e Sudeste do Pará

Deo Martins