Agente de trânsito de Parauapebas é presa em flagrante por tentar vender motocicleta apreendida em blitz

 Agente de trânsito de Parauapebas é presa em flagrante por tentar vender motocicleta apreendida em blitz

Imagem gerada por Inteligência Artificial

Na noite da ultima terça-feira, 21 de outubro, uma servidora municipal foi detida em flagrante delito, após uma denúncia no município de Parauapebas, no sudeste do Pará. A agente de trânsito está sendo acusada de tentar vender uma motocicleta Honda CG, que estava sob custódia do órgão de trânsito após ter sido apreendida em uma blitz.

A detenção ocorreu durante uma operação de flagrante montada pela Polícia Civil, acionada pela própria vítima. O esquema foi descoberto pelo verdadeiro proprietário do veículo. De acordo com as informações:

O dono da motocicleta estava buscando regularizar a situação de seu veículo para retirá-lo, mas não o encontrou no pátio oficial de apreensões do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT).

Em uma busca por plataformas virtuais, o proprietário localizou um anúncio de venda da sua própria motocicleta no Marketplace do Facebook.

Com as informações confirmadas, a vítima simulou interesse na compra e marcou um encontro para a negociação. No local e momento combinados, o proprietário acionou as autoridades, que flagraram a agente no ato da transação ilegal.

Implicações Legais e Próximos Passos

A agente de trânsito foi detida em flagrante e apresentada à Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas. Ela deverá responder inicialmente pelos crimes de Peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração pública, envolvendo a apropriação ou desvio de bens públicos ou particulares que possui em razão do cargo) e Receptação.

As autoridades policiais confirmaram que o caso terá desdobramentos investigativos. O foco da investigação é apurar se o ato foi isolado ou se existe um esquema criminoso envolvendo outros servidores públicos do órgão municipal na subtração e venda de bens apreendidos.

Além da esfera criminal, a agente está sujeita a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por parte do DMTT, que pode resultar em sua exoneração ou demissão por justa causa, a depender das regulamentações internas e da conclusão do inquérito.

Repercussão Social

O caso gerou grande comoção e indignação entre os moradores de Parauapebas, repercutindo amplamente nas redes sociais e nos canais de notícias regionais. A população tem exigido rigor nas investigações e punição exemplar para todos os envolvidos, dada a natureza do crime que envolve a confiança na administração pública. O DMTT e a Prefeitura Municipal devem ser cobrados por um posicionamento oficial sobre o ocorrido e sobre as medidas para garantir a integridade dos veículos sob sua custódia.

    Deo Martins