1º Seminário de Educação Escolar Indígena será realizado em Parauapebas

Com o objetivo de valorizar ainda mais a educação indígena, além de levantar debates e reflexões acerca da temática, a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), irá realizar na próxima terça-feira, 20, o 1º Seminário de Educação Escolar Indígena.

O evento histórico e pioneiro na região traz como tema “A descolonização da educação escolar indígena Xikrin: desafios e conquistas”. Ocorrerá de forma virtual e com a participação de intelectuais indígenas e não indígenas, bem como especialistas em diversos segmentos norteadores da educação escolar indígena. A transmissão será pelo canal da Semed no Youtube.

PROGRAMAÇÃO

Organizado pelo Setor de Educação Escolar Indígena (SEEI), o seminário foi dividido em dois momentos:

– 9h – abertura, com a participação de autoridades municipais e indígenas. Na sequência, a palestra “Legislação da Educação Escolar Indígena”, ministrada pela professora Dra. Rosani Fernandes Kaingang e mediada pelo professor Bekroiti Xikrin; seguida pelo elóquio “Práticas pedagógicas, desafios e avanços da educação indígena Xikrin e Warao”.

– 14h – apresentação cultural em seguida a palestra: “Alfabetização e letramento indígena”, ministrada pelo professor Dr. Lucivaldo Silva Costa.

– 15h40 – palestra – “Práticas, autonomia e protagonismo dentro do processo pedagógico”, ministrada pelo professor Armando Sõpre Xerente. Ambas também serão mediadas pelo professor Bekroiti Xikrin.

POPULAÇÃO INDÍGENA

Atualmente, a população Xikrin é composta por aproximadamente 2 mil indígenas, distribuídos em 12 aldeias. Seu território está localizado a cerca de 230 km de Parauapebas. A Semed possui três escolas sede, mais seis unidades em estruturação, na área em que vivem o povo Xikrin, lá estão matriculados cerca de 600 alunos.

O município também tem abrigado cerca de 40 indígenas Warao, destes, 20 são atendidos pela Semed. Eles são provenientes da região do delta do Orinoco, principalmente dos estados Delta Amacuro e Monagas, na Venezuela e, desde 2014, tem empreendido migrações para o Brasil, especialmente em cidades do estado de Roraima, chegando a outros estados da região, como Amazonas e Pará.

Texto: Messania Cardoso – Assessoria de Comunicação – Ascom/PMP

Deo Martins