Governador do Pará, Helder Barbalho é alvo de busca em operação da PF sobre compra de respiradores

 Governador do Pará, Helder Barbalho é alvo de busca em operação da PF sobre compra de respiradores

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (10), a “Operação Bellum”, que tem como objetivo apurar a existência de fraude na compra de respiradores pulmonares pelo governo do Pará para ajudar no combate ao coronavírus. São 23 mandados de busca e apreensão no Pará e mais seis estados.
Um dos alvos de busca é o governador Helder Barbalho. As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, no palácio dos despachos, do governo, e nas secretarias de estado de saúde, fazenda e casa civil do estado do Pará. O G1 ainda não fez contato com o governo do Pará.
Helder é o 2º governador alvo de operação da Polícia Federal sobre contratos relacionados ao combate ao coronavírus. O primeiro foi Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, em maio.
Além de Hélder, os alvos das buscas são pessoas físicas e jurídicas que tiveram participação nas fraudes e, dentre elas, estão os sócios da empresa investigada e servidores públicos estaduais.
Segundo a Polícia Federal, a compra dos respiradores custou ao estado do Pará o valor de R$ 50.400.000,00. Desse total, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada, sendo que os respiradores sofreram grande atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e não funcionarem no tratamento da covid-19, razão pela qual foram devolvidos.
Os crimes sob investigação são de fraude à licitação falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e prevaricação e lavagem de dinheiro.
Operação Placebo
No Rio de Janeiro, a Operação Placebo, deflagrada no dia 26 de maio cumpriu 12 mandados de busca e apreensão — um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), e outro na casa dele, no Grajaú.
A investigação apura supostas fraudes na contratação da Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para construir hospitais de campanha. Witzel nega participar de esquemas.
Fonte: G1

Deo Martins