Pará tem 771 casos prováveis do vírus zika

Foto: Reprodução/Internet
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O primeiro boletim epidemiológico do Ministério da Saúde com dados registrados do vírus zika aponta 771 casos prováveis da doença no Pará, até 2 de abril. Em média, são mais de dois casos por dia (2,11). Já a taxa de incidência, que considera a proporção de casos, é de 9,4 casos para cada 100 mil habitantes do Estado.

Em todo o Brasil, os números são ainda mais assustadores: 91.387 casos prováveis e taxa de 44,7 registros para cada 100 mil habitantes. A transmissão autóctone do vírus no País foi confirmada a partir de abril de 2015, no município de Camaçari (BA). O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos de zika em fevereiro deste ano.

Desde então, estados e municípios vinham preparando seus sistemas de registros para encaminhar as notificações ao ministério. Antes disso, o monitoramento do vírus zika era realizado por meio de vigilância sentinela. A região Norte teve 6.295 casos prováveis e taxa de incidência de 36,0 por 100 mil pessoas, sendo os maiores registros em Tocantins (2.893 casos e taxa de 190,9) e Amazonas (1.520 e 38,6).

A região Sudeste apontou o maior número de casos prováveis da doença, 35.505, com destaque para o Rio de Janeiro, com 25.930 registros – o maior volume de casos da doença dentre todos od Estados. Em seguida aparecem as regiões Nordeste (30.286); Centro-Oeste (17.504) e Sul (1.797). Considerando a proporção de casos por habitantes, a região Centro-Oeste fica à frente, com incidência de 113,4 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (53,5); Sudeste (41,4); Norte (36,0); Sul (6,1).

Em todo o País, até 2 de abril, foram registrados 7.584 gestantes com casos suspeitos da doença, sendo que 2.844 casos foram confirmados. O Ministério esclarece que, apesar de estar confirmada a relação do vírus zika com os casos de microcefalia, não significa que toda mulher infectada pelo vírus durante a gravidez dará à luz um bebê com microcefalia.

“Ainda não é possível se ter ideia da proporção de gestantes infectadas pelo vírus zika, que terão  bebês com microcefalia. Até o momento, o maior número desses casos foi em mulheres que tiveram a doença no primeiro trimestre de gestação”, explicou o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Segundo ele, o mais importante é realização adequada e o acompanhamento do pré-natal para identificar se o bebê irá ou não nascer com algum tipo de malformação.

O Ministério da Saúde orienta às gestantes que adotem medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteção contra a exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida, além de repelentes recomendados para grávidas.

Deo Martins

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