Pará precisa de R$ 1,41 bilhão para recuperar rodovias

 Pará precisa de R$ 1,41 bilhão para recuperar rodovias

Foto: Hiroshi Bogéa

Foto: Hiroshi Bogéa

A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias constatou uma queda na qualidade do estado geral das rodovias que cortam o Pará. A classificação regular, ruim ou péssima atingiu 86,5% (3.365 km), enquanto que em 2016 esse índice era de 68,5%. Em 2017, 13,5% (527 km) das rodovias foram consideradas em bom ou ótimo estado, enquanto um ano atrás esse percentual era de 31,5%. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 3.892 km no Estado.

Para chegar a esses índices, o estudo levou em consideração as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Com rodovias tão problemáticas, os paraenses têm um acréscimo de 35,7% no custo do transporte rodoviário, uma vez que rodovias com deficiência têm menos segurança, exigem mais manutenção dos veículos e maior consumo de combustível.

Na avaliação da CNT, para a reconstrução, a restauração e a manutenção dos trechos danificados nas rodovias avaliadas no Estado, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 1,41 bilhão. Já para a manutenção dos trechos desgastados, o custo estimado é de R$ 746,59 milhões.

Segundo ele, a drástica redução dos investimentos públicos federais a partir de 2011 levou a um agravamento da situação das rodovias. Em 2011, os investimentos públicos federais em infraestrutura rodoviária foram de R$ 11,21 bilhões; em 2016, o volume investido praticamente retrocedeu ao nível de 2008, caindo para R$ 8,61 bilhões. Este ano, até o mês de junho, foram investidos apenas R$ 3,01 bilhões.

A Pesquisa CNT de Rodovias leva em conta as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via, além de apontar os pontos críticos dos trechos. Conforme o estudo, 69,8% da malha viária do Pará não é pavimentada ou está em condições precária (regular, ruim ou péssima). Nessa análise, o estudo considerada as condições da superfície da pista principal e do acostamento. Outros 30,2% foram considerados ótimos ou bons; 62,3% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

Em relação a sinalização, em que são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais, o estudo aponta que há problemas em 96,5% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 3,5%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 56,2% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

A pesquisa identificou, ainda, 50 trechos com buracos grandes e 14 com erosões na pista que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa unidade da Federação.

Fonte: ORM

Deo Martins

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