Em Marabá, armas apreendidas sāo transformadas em vergalhão

 Em Marabá, armas apreendidas sāo transformadas em vergalhão
Militar apresenta parte das armas a serem incineradas para a Imprensa

Armas que um dia foram usadas para cometimento de crimes agora serão transformadas em vergalhões que serão utilizados em prédios e pontes. Este será o destino de nada menos de 6 mil armamentos acondicionados em 33 tonéis, que foram incinerados na manhã desta quarta-feira (29), no forno elétrico da Sinobras, no Distrito Industrial de Marabá (DIM). As armas, de vários modelos, são peças de processos criminais que já não têm mais valor judicial por já terem sido usadas como prova material.

A incineração das armas foi feita por meio da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército Brasileiro, dentro da “Operação Vulcão”, desencadeada em todo território nacional. A Operação tem como objetivo atender o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Comando do Exército Brasileiro (EB).

Segundo o general de Brigada Eugênio Pacelli Vieira Mota, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Marabá, a missão do Exército é contribuir com o CNJ na intensificação do recebimento de armas de fogo dos Tribunais de Justiça, que sejam consideradas desnecessárias pelos juízes para a continuidade e a instrução dos processos.

A Operação é a primeira medida tomada pelo Exército Brasileiro após a assinatura do Acordo e tem como principal amparo legal o Decreto nº 8.938, de 21 de dezembro de 2016, que altera o regulamento da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento), e dispõe sobre a doação de armas apreendidas aos órgãos de Segurança Pública e às Forças Armadas.

Ainda de acordo com informações prestadas pelo general Pacelli durante coletiva na Sinobras ontem de manhã, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva está prestando o apoio logístico e de segurança para a destruição das 6 mil armas apreendidas pelas comarcas e órgãos de Segurança Pública dos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins.

Por sua vez, o diretor industrial da Sinobras, Milton Lima, explicou – minutos antes da incineração – que as armas seriam lançadas no forno elétrico da aciaria da Sinobras a uma temperatura de 1.650 graus, transformando-se em aço líquido e depois inserido no processo de fabricação de vergalhões. Ainda de acordo com ele, a empresa produz nada menos de 300 mil toneladas de aço por ano.

Saiba Mais

Além de Marabá, também nesta quarta-feira milhares de armas foram incineradas em várias partes do País, dentro do “Acordo de Cooperação Técnica” firmado entre o Conselho Nacional de Justiça e o Comando do Exército Brasileiro.

Reportagem: Chagas Filho – Correio de Carajás

Deo Martins

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