Gás de cozinha tem reajuste de 12,2%

 Gás de cozinha tem reajuste de 12,2%

A Petrobras anunciou ontem(5) reajuste de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e começa a vigorar em todo o Brasil a partir de hoje.
Segundo a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional. Com a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de preço.
A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado “não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional”. O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21.
Destaca a petroleira que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a empresa indicou que “o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”.
A Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra em vigor hoje.
Segundo a estatal, o produto, para fim residencial, está 16,56% abaixo da paridade de importação. Já para fins industriais, o valor está 39,94% acima do praticado no mercado internacional.
“É impressionante como os reajustes determinados pelo governo chegam imediatamente ao bolso da população. Nosso salário é uma miséria, aumentam água, luz, telefone, gás, gasolina várias vezes ao ano; tem vezes que a conta de luz chega duas vezes ao mês e ninguém toma providências. Não sei aonde vamos parar com essa situação”, desabafou a dona de casa Amanda Oliveira Penha, 22.
Ela explicou que estava comprando o botijão de gás a R$ 50,00 perto de sua casa, no bairro da Marambaia, mas que o produto já chegou a ser comercializado com preço de até R$ 65,00. “Abaixou um pouco e agora volta a disparar”.
Jacirene Andrade, assistente social, residente no bairro da Sacramenta reclama que não tem como acertar as contas, porque, “todos os meses os preços estão mais caros em tudo. Luz, então, nem se fala. Imagine agora, com o gás reajustado nesse valor. Vai cusar quase R$ 60,00. Como é que vai viver uma pessoa que ganha apenas o salário mínimo, tem de pagar aluguel, água, luz, alimentação, vestimenta, transporte?”
A reportagem tentou várias vezes falar, ontem, com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado do Pará (Sergap), Francinaldo Oliveira, porém, o telefone apenas chamava.
Reportagem: ORM

Deo Martins

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