Barômetro da sustentabilidade é lançado em Parauapebas
O governo municipal já pode contar com o “Barômetro da Sustentabilidade”, um indicador socioeconômico lançado hoje, 5, pela Prefeitura de Parauapebas para a elaboração de políticas públicas relacionadas ao bem-estar humano e ambiental.
Elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o indicador realizou sua primeira pesquisa no município este ano e já demonstrou quais os setores precisam de ações específicas do governo. “As informações resultantes da pesquisa são específicas, o que possibilitará resolver os problemas em curto prazo”, frisa Iloé Azevedo, diretor de Estudos Ambientais da Fapespa.
De acordo com os resultados obtidos pela pesquisa, Parauapebas está enquadrada na faixa “intermediária” do desenvolvimento sustentável, o que significa que, enquanto alguns setores relacionados à indústria e ao meio ambiental estão em escala positiva, os indicadores sociais ainda são insuficientes, o que impacta diretamente na qualidade de vida da população.
Segundo o estudo, os dados mais negativos estão relacionados ao acesso à internet, à criminalidade, à gravidez na infância e adolescência, além do trabalho infantil, assim como outros.
Por outro lado, a mortalidade infantil, a educação, a coleta de lixo e a extrema pobreza, por exemplo, foram considerados setores com indicadores sustentáveis e por isso positivos, conforme o Barômetro da Sustentabilidade.
Para Carlos Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parauapebas (Sinseppar), uma das entidades sociais organizadas convidadas para participar das discussões de políticas públicas, é possível não apenas utilizar o indicador para melhorar o bem-estar social, mas também ajudar a aperfeiçoá-lo. “O indicador nos possibilita enfrentar os problemas sem ‘achismos’, ou seja, de forma mais técnica e esperamos que tenhamos outros indicadores também”, diz o sindicalista.
Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, João Corrêa, a Prefeitura de Parauapebas e entidades como universidades, sindicatos, autoridades públicas e a sociedade já discutem medidas para ações imediatas e específicas. “A partir do resultado desta análise, vamos nos aprofundar nos temas e construir soluções imediatas em conjunto”, antecipa João Corrêa.
O Barômetro da Sustentabilidade já é adotado em outros municípios paraenses como Breves, Tucuruí e Santa Bárbara. A implementação da metodologia, segundo Iloé Azevedo, depende da iniciativa de cada município, assim como foi feito em Parauapebas, pela prefeitura, por meio da Seplan.
Em Parauapebas, o indicador utilizou 27 indicadores, dos quais 20 são relacionados ao bem-estar humano e sete são voltados para o bem-estar ambiental.
Texto: Jéssica Diniz – Fotos: Bruno Cecim
